Lngua portuguesa 10 Nvel 2 Leitura interpretativa nesse nvel de leitura, o leitor busca interpretar e compreender melhor o texto, grifando palavras-chave, passagens importantes e tentando ligar palavras ideia central de cada pargrafo. Podemos desenvolver um pargrafo de vrias formas: a com uma declarao inicial; b com uma definio; c com uma diviso; d fazendo uma aluso histrica. O pargrafo serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques. Convencionalmente, o pargrafo indicado atravs da mudana de linha e um espaamento da margem esquerda.
Uma das partes bem distintas do pargrafo o tpico frasal, ou seja, a ideia central extrada de maneira clara e resumida. Atentando-se para a ideia principal de cada pargrafo, asseguramos um caminho que nos levar compreenso do texto. A descrio esttica, sem movimento, desprovida de. Na descrio, o ser, o objeto ou ambiente so importantes, ocupando lugar de destaque na frase o substantivo e o adjetivo. O emissor capta e transmite a realidade atravs de seus sentidos, fazendo uso de recursos lingusticos, tal que o receptor a identifique.
A caracterizao indispensvel, por isso existe uma grande quantidade de adjetivos no texto para representar verbalmente um objeto, uma pessoa, um lugar, mediante a indicao de aspectos caractersticos, de pormenores individualizantes. Requer observao cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito um modelo inconfundvel. No se trata de enumerar uma srie de elementos, mas de captar os traos capazes de transmitir uma impresso autntica. Descrever mais que apontar, muito mais que fotografar.
Por isso, impe-se o uso de palavras especficas, exatas. H dois tipos de descries: descrio denotativa e descrio conotativa. Descrio denotativa Quando a linguagem representativa do objeto objetiva, direta, sem metforas ou outras figuras literrias, chamamos de descrio denotativa.
Na descrio denotativa as palavras so utilizadas no seu sentido real, nico, de acordo com a definio do dicionrio. Exemplo: Samos do campus universitrio s 14 horas com destino ao agreste pernambucano. Seguiremos pela BR onde encontraremos vrias formas de relevo e vegetao. No incio da viagem observamos uma tpica agricultura de subsistncia bem margem da BR Lngua portuguesa 11 Descrio conotativa Em tal descrio as palavras so tomadas em sentido figurado, ricas em polivalncia. Exemplos: - Joo estava to gordo que as pernas da cadeira estavam bambas do peso que carregava.
Era notrio o sofrimento daquele pobre objeto. Os pssaros, felizes, cantarolavam pelo ar. So seus elementos constitutivos: personagens, circunstncias, ao; o seu ncleo o incidente, o episdio, e o que a distingue da descrio a presena de personagens atuantes, que esto quase sempre em conflito.
Narrar falar sobre os fatos. Consiste na elaborao de um texto inserindo episdios, acontecimentos. A narrao difere da descrio. A primeira totalmente dinmica, enquanto a segunda esttica e sem movimento. Os verbos so predominantes num texto narrativo. Um texto narrativo tem como base alguns elementos, como: O qu? Deve haver um centro de conflito, um ncleo do enredo. A seguir, um exemplo de texto narrativo:. Toda a gente tinha achado estranha a maneira como o Capito Rodrigo Cambor entrara na vida de Santa F.
Um dia chegou a cavalo, vindo ningum sabia de onde, com o chapu de barbicacho puxado para a nuca, a bela cabea de macho altivamente erguida e aquele seu olhar de gavio que irritava e ao mesmo tempo fascinava as pessoas. Devia andar l pelo meio da casa dos trinta, montava num alazo, trazia bombachas claras, botas com chilenas de prata e o busto musculoso apertado num dlm militar azul, com gola vermelha e botes de metal.
Um certo capito Rodrigo rico Verssimo. O foco narrativo A relao verbal locutor interlocutor efetiva-se por intermdio do que chamamos discurso. A narrativa se vale de tal recurso, efetivando o ponto de vista ou foco narrativo.
Quando o narrador participa dos acontecimentos diz-se que narradorpersonagem. Isto constitui o foco narrativo da 1 pessoa. Exemplo de foco narrativo da 1 pessoa: Parei para conversar com o meu compadre que h muito no falava. Eu notei uma tristeza no seu olhar e perguntei: - Compadre por que tanta tristeza? Ele me respondeu: - Compadre, minha senhora morreu h pouco tempo. Por isso, estou to triste. H tanto tempo sem nos falarmos e justamente num momento to triste nos encontramos.
Ter sido o destino? Lngua portuguesa 12 Narrador-observador aquele que serve de intermedirio entre o fato e o leitor. Exemplo de foco narrativo de 3 pessoa: O jogo estava empatado e os torcedores pulavam e torciam sem parar. Os minutos finais eram decisivos, ambos precisavam da vitria, quando de repente o juiz apitou uma penalidade mxima. O tcnico chamou Neco para bater o pnalti, j que ele era considerado o melhor batedor do time. Neco dirigiu-se at a marca do pnalti e bateu com grande perfeio.
O goleiro no teve chance. O estdio quase veio abaixo de tanta alegria da torcida. Aos quarenta e sete minutos do segundo tempo o juiz finalmente apontou para o centro do campo e encerrou a partida.
Discurso direto - aquele que reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa. Podemos enumerar algumas caractersticas do discurso direto: a Emprego de verbos do tipo: afirmar, negar, perguntar, responder, entre outros; b Usam-se os seguintes sinais de pontuao: dois-pontos, travesso e vrgula.
Exemplo de discurso direto: O juiz disse: - O ru inocente. Discurso indireto aquele reproduzido pelo narrador com suas prprias palavras, aquilo que escutou ou leu de outra pessoa. No discurso indireto eliminamos os sinais de pontuao e usamos conjunes: que, se, como, etc. Discurso indireto livre aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por conta prpria, servindo-se de oraes absolutas ou coordenadas sindticas e assindticas.
Exemplo de discurso indireto livre:. Sinh Vitria falou assim, mas Fabiano franziu a testa, achando a frase extravagante. Aves matarem bois e cavalos, que lembrana! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse tresvariando. Graciliano Ramos. Neste momento temos a oportunidade de discutir, argumentar e defender o que pensamos atravs da fundamentao, justificao, explicao, persuaso e de provas.
A elaborao de textos dissertativos requer domnio da modalidade escrita da lngua, desde a questo ortogrfica ao uso de um vocabulrio preciso e de construes sintticas organizadas, alm de conhecimento do assunto que se vai abordar e posio crtica pessoal diante desse assunto. A atividade dissertadora desenvolve o gosto de pensar e escrever o que pensa, de questionar o mundo, de procurar entender e transformar a realidade. Passos para dissertativo. O texto deve ser produzido de forma a satisfazer os objetivos que o escritor se props a alcanar.
H uma. Lngua portuguesa 13 estrutura consagrada para a organizao desse tipo de texto. Consiste em organizar o material obtido em trs partes: a introduo, o desenvolvimento e a concluso. Introduo - deve apresentar de maneira clara o assunto que ser tratado e delimitar as questes, referentes ao assunto, que sero abordadas. Neste momento pode-se formular uma tese, que dever ser discutida e provada no texto, propor uma pergunta, cuja resposta dever constar no desenvolvimento e explicitada na concluso.
Desenvolvimento a parte do texto em que as ideias, pontos de vista, conceitos, informaes de que dispe sero desenvolvidas, desenroladas e avaliadas progressivamente. Concluso o momento final do texto, este dever apresentar um resumo forte de tudo o que j foi dito.
A concluso deve expor uma avaliao final do assunto discutido. Cada uma dessas partes se relaciona umas com as outras, seja preparando-as ou retomando-as, portanto, no so isoladas. A produo de textos dissertativos est ligada capacidade argumentativa daquele que se dispe a essa construo. Exemplo: A vida de uma mulher no fcil em parte alguma deste mundo. A sociedade machista impe-lhe regras e destinos que ela jamais pode escolher.
A mulher ser sempre uma escrava totalmente submissa ao marido, s tradies, aos costumes e hipocrisia chauvinista dos A leitura to significativa que nos motiva ao aprendizado logo nos primeiros anos de nossas vidas. Sem a leitura, o avano no conhecimento cientfico tornase impossvel, pois nos detemos ao discurso dos outros. Podemos afirmar que a leitura constitui um fator decisivo porque, atravs dela, temos a oportunidade de ampliar e aprofundar os estudos, visto que os textos formam uma fonte praticamente inesgotvel de conhecimentos.
Normalmente existem duas espcies de leitura: uma praticada por cultura geral ou entretenimento desinteressado, que ocorre quando voc l uma revista ou um jornal; e outra que requer ateno especial e profunda concentrao mental, realizada por necessidade de saber, como por exemplo, quando voc l um livro, um texto de estudo ou uma revista especializada. Outro fator preponderante na leitura de um texto o domnio do vocabulrio.
Se o leitor tem o hbito de ler frequentemente e sua leitura ampla e abrange vrios assuntos distintos, ento deve realmente dominar um vocabulrio significativo. Existem vocbulos de uso comum, popular e geral, e vocbulos especializados, de uso restrito a determinadas reas. Quando o vocabulrio do leitor for reduzido, constitui-se um obstculo leitura proveitosa. Quando se desconhece o significado de certas palavras, a melhor maneira consultar um dicionrio, a fim de que seu sentido seja imediatamente esclarecido.
Outra possibilidade consiste em prorrogar este esclarecimento, dandolhe a possibilidade de ocorrer no prosseguimento da leitura, isto , tentar descobrir o sentido do vocbulo desconhecido, atravs do contexto em que est inserido.
Uma palavra mal. Lngua portuguesa 14 compreendida ou mal interpretada pode definir ou mudar todo o sentido do texto. Quando esta palavra acontece de ser a palavra-chave, ento a situao ser ainda mais desastrosa. A seguir, atente para as dicas e orientaes para realizar a anlise interpretativa de um texto. Faa a leitura e depois responda s questes propostas. Dicas para realizar a anlise interpretativa de um texto 1.
No se deixe tomar pela subjetividade. Relacione as ideias do autor com o contexto filosfico e cientfico de sua poca e de nossos dias. Faa a leitura das entrelinhas a fim de inferir o que no est explcito no texto. Adote uma posio crtica, a mais objetiva possvel, com relao ao texto. Essa posio tem de estar fundamentada em argumentos vlidos, lgicos e convincentes. Faa o resumo do que estudou. Discuta o resultado obtido no estudo. Ao finalizar a anlise interpretativa, com certeza, o leitor ter adquirido conhecimento qualitativo e quantitativo sobre o tema estudado.
A anlise interpretativa conduz o leitor a atuar como crtico do que o autor escreveu. Fique de olho: charges, piadas, propagandas e tirinhas so cada vez mais frequentes em provas de concursos a fim de se saber se o leitor consegue. Sempre gostei de escrever, desde os tempos de escola. Adorava fazer redao, principalmente quando a professora j dizia o tema, porque vrias vezes sofria pra conseguir comear uma de "tema livre".
Mas depois que comeava, a eu embalava e escrevia com gosto. Viajava com gosto tambm nas histrias em quadrinhos, ainda mais novo, quando no escrevia nada eu acho , mas j gostava de desenhar e de parar na banca pra comprar "revistinha". Muitas vezes passava tardes inteiras de domingo lendo gibis na movimentada mesa do bar Dauphine, em Copacabana, enquanto meu pai conversava com os amigos parceiros de chope.
Todo mundo rindo e falando alto e eu ali, na minha, concentrado na leitura. Acho at que se eu tivesse continuado naquele pique eu teria me tornado um rapaz muito culto. Minha av me contou que eu aprendi a ler sozinho, aos quatro anos, com um livro ilustrado chamado Os mamferos, que ela estava lendo pra mim. Um dia, mostrei a ela uma foto e li o nome do bicho em voz alta: "Or-ni-tor-rin-co". Ela ainda no tinha chegado nessa pgina e eu nunca tinha ouvido falar naquele bicho estranho de nome idem.
Nem sei por que que eu t falando disso, mas que eu soube h pouco tempo e achei interessante. Bem, este livro tambm nasceu mais ou menos assim.
Lngua portuguesa 15 que esvaziar e arrumar uma montanha de papis no escritrio l de casa porque deu mofo. Mofo deu geral! Olha s isso aqui! Deixa eu ver. Comecei a encontrar vrios textos, poemas e at redaes de colgio que eu nem me lembrava que tinha guardado, a maioria eu nem me lembrava de ter escrito! Que surpresa boa! Algumas coisas me fizeram voltar no tempo quando eu parei de espirrar para ler. Outras pareciam totalmente novas. A memria j tinha apagado, mas as folhas escritas mo resistiram ao mofo e a vrias viagens e mudanas.
P, eu tambm no sou to velho assim!! Eu sei que no sou to velho assim, mas a ideia de tornar pblica a minha loucura foi imediata. Eu j vinha escrevendo uns poemas intimamente, para publicar "algum dia", alm de um texto novo aqui, uma outra coisinha ali Ento, por que no juntar logo tudo e fazer um livro livre e diferente? Pra que ficar guardando o ontem e o hoje na gaveta? Rabiscos de uma alma insone, antigos ou recentes, aflitos, carentes coitados, no mereciam um pouquinho de ateno?
Abri os disquetes, as pastas e os cadernos e comecei a pescar nesse mar de ideias e palavras tudo o que eu achava interessante por algum motivo. Deixei muito lixo de fora, claro, que o seu olho no penico, mas tentei ser o menos rigoroso possvel, principalmente em relao forma, considerando que alguns dos textos tinham sido escritos havia quase dez anos e o autor era um moleque meio maluco que nem imaginava que um dia um maluco meio moleque iria meter a mo nas suas intimidades e mostrar pra todo mundo.
No pensem que algum tipo de exibicionismo barato lanar meu adubo no ventilador. No fundo eu sou mesmo tmido, seno no gostaria tanto de escrever. Aproveitei o embalo para voltar a essa velha mania de contar pro papel registros da minha vida e da minha.
Foi como reencontrar e recomear uma velha amizade. E dessa "recada" que acabou nascendo grande parte das pginas que se abraaram no livro que voc est lendo agora, produto final de uma experincia que no transgnica, mas mistura diversos elementos, momentos e lamentos, e quem sabe pode at gerar bons frutos Espero que pelo menos voc possa se entreter e se divertir como quem l um ornitorrinco pela primeira vez.
Mas me leva pra mesa movimentada do bar ou pra qualquer lugar, s no quero ficar enfurnado num velho escritrio, pois sou alrgico a mofo. Minha mente um livro aberto. Introduo do livro biogrfico de Gabriel O Pensador. Agora responda: 1. Apresente outro sentido para os termos destacados nos fragmentos abaixo: a Lngua portuguesa 16 e Analisando o discurso e a linguagem do autor no fragmento: Mofo deu geral!
Deixa eu ver Qual o sentido do verbo destacado na expresso: Viajava com gosto tambm nas histrias em quadrinhos,? Explique a diferena semntica que ocorre nas palavras maluco e moleque no fragmento Explique o fragmento final do texto: Minha mente um livro aberto. Algumas, um punhal, um incndio.
Outras, orvalho apenas. Secretas vm, cheias de memria. Inseguras navegam: barcos ou beijos, as guas estremecem. Desamparadas, inocentes, leves. Tecidas so de luz e so a noite. E mesmo plidas verdes parasos lembram ainda. Quem as escuta? Quem as recolhe, assim, cruis, desfeitas, nas suas conchas puras? Agora responda s questes apresentadas: 1. Explique qual o tema do poema, considerando as definies apresentadas sobre as palavras. Qual o significado que o autor pretende atribuir s palavras com as comparaes destacadas nos versos?
So como um cristal, as palavras, Algumas, um punhal, um incndio. Sim, segurar a lmpada, a despeito da nusea e do horror. Se no tivermos uma lmpada eltrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em ltimo caso, risquemos fsforos repetidamente, como um sinal de que no desertamos nosso posto.
Solo de clarineta. Porto Alegre: Globo, , v. A lmpada, no texto, tem um significado simblico. Que significado pode ser atribudo a ela? A que funo literria rico Verssimo se refere em seu depoimento? A imagem usa recursos da linguagem dos quadrinhos para tratar do tema da guerra. Com base na imagem apresentada, responda: 1. Que elementos compem a tela de Roy Lichtenstein? Alguns elementos da linguagem da tela a aproximam da linguagem dos quadrinhos.
Identifique esses elementos. Lngua portuguesa 18 3. Que imagem da guerra o quadro sugere? Justifique sua resposta. Assim, justifica-se a pesquisa pelo interesse de demonstrar como as estratgias de organizao de um texto falado so utilizadas na construo da histria em quadrinhos, que possui em seu texto escrito caractersticas prximas a uma conversao face a face, alm de apresentar elementos visuais complementadores. Aparente brincadeira de criana, a leitura de histrias em quadrinhos pode muito bem nos levar a srias e importantes reflexes sobre o mundo em que vivemos.
Fala Menino! Lus Augusto Gouveia. Leia as tirinhas, observando as ideias, a linguagem e os questionamentos presentes. A Charge um estilo de ilustrao que tem por finalidade satirizar, por meio de uma caricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traos do carter de algum ou de algo para torn-lo burlesco. Muito utilizadas em crticas polticas no Brasil. Apesar de ser confundido com cartoon ou cartum , que uma palavra de origem inglesa, considerado como algo totalmente diferente.
Mais do que um simples desenho, a charge uma crtica poltico social na qual o artista expressa graficamente sua viso sobre determinadas situaes cotidianas atravs do humor e da stira. Para entender uma charge no precisa ser necessariamente uma pessoa culta, basta estar por dentro do que acontece ao seu redor.
Como foi possvel compreender a charge? Os textos tm a propriedade intrnseca de se constituir a partir de outros textos. Por isso, todos eles so atravessados, ocupados, habitados pelo discurso do outro. Essa charge, por exemplo, s pode ser compreendida se voc conhece o discurso de que a reduo da maioridade penal garantiria maior paz e segurana aos brasileiros conhecimento de mundo.
Cartoon, cartune ou cartum Um cartoon, cartune ou cartum um desenho humorstico acompanhado ou no de legenda, de carter extremamente crtico, retratando de uma forma bastante sintetizada algo que envolve o dia a dia de uma sociedade. O termo de origem britnica, e foi pela primeira vez utilizado neste contexto na dcada de O significado original da palavra cartoon mesmo "estudo", ou "esboo", e h muito tempo utilizada nas artes plsticas. Este tipo de desenho ainda considerado uma forma de comdia e mantm o seu espao na imprensa escrita atual.
Compreender as unidades lingusticas e as relaes estabelecidas entre elas e as funes discursivas associadas a elas no contexto. Compreender relaes morfolgicas, sintticas e semnticas da lngua portuguesa. Aprimorar a capacidade de articulao do pensamento, atravs da observao e da discusso das relaes gramaticais, oferecendo novas possibilidades de expresso. Elaborar e ampliar estruturas gramaticais, a partir de construes j exploradas no texto, tendo em vista as diversas possibilidades comunicativas que a lngua oferece.
Observao: esses mesmos ditongos em paroxtonas NO so acentuados: heroico, ideia, assembleia, joia, paranoia, geleia. Na faxina iminente e urgentssima em nossa poltica, burocracia e vrias instituies, em nosso modo de escolher, eleger, governar, atuar e administrar, a imprensa est tendo um papel magnfico. Ningum mais pode dizer Eu no sabia nem se fingir de inocente. Os problemas, a gente adivinhava que existiam, embora poucos imaginassem quantos e de que gravidade.
Hoje eles saltam na nossa cara em jornal, revista, rdio e televiso, feito monstrinhos de filme de fico cientfica, grudando na nossa perplexidade.
Pois a ignorncia e a desinformao so humilhantes. No podemos querer ficar em paz enquanto tudo no for clareado e limpo. Lngua portuguesa 24 No h nada de divertido em sermos, como disse algum, um pas de rabos presos: muitos polticos que danam feito macacos, segurando um o rabo do outro A ideia seria de rir se no fosse de chorar.
Somos passageiros de uma nau cujos mandantes, se nada sabiam das rachaduras no casco, estavam seriamente alienados daquilo que deviam governar; se sabiam e no tomaram providncias, no mandaram investigar a fundo nem prestaram contas ao povo que os elegeu, foram gravemente omissos e inegavelmente cmplices. De qualquer maneira o barco em que estamos metidos aderna fortemente, e no sabemos para que lado cai ou para que margem poderia se dirigir.
Para no nos atolarmos num esquerdismo radical e ultrapassado, nem girarmos no redemoinho da anarquia e do desgoverno, preciso urgentemente abrir os olhos, agir e reagir, implantar em nossa vida pessoal e neste nosso pas o governo da tica.
O Brasil no uma abstrao ou um mapa: so quase milhes de vidas, gente que batalha no seu duro cotidiano e no merece ficar merc dessa pera bufa, tendo nos bastidores dramas morais e cinismos espetaculares, facilitados pela cumplicidade e pela omisso. A ignorncia a me de boa parte de nossos males. Precisamos ser educados, informados, para compreender e escolher.
Ideias so fruto de educao. Apesar da imoralidade de muitos, poderemos ter esperana se nos tornarmos um povo mais tico habituado honradez, implacvel quando se trata de escolher seus representantes e at mesmo as condies da prpria vida pessoal. No quero fome zero, mas desinformao zero. Trabalho que traz dignidade e educao que nos esclarece e nos torna capazes de optar deviam ser nosso objetivo premente agora.
No mais palavrrio vazio sobre democracia, mas. Uma bela reforma, tambm em cada um de ns. Microrrevoluo, em que cada um tenta ser decente, manter-se decente e pensar sobre o que decncia, a comear na famlia que, mesmo com todas as mudanas sociais, continua existindo como o quartel-general de nossas ideias e atitudes bsicas pelo resto da vida.
Simultaneamente, urge transformar agora, hoje, no amanh a escola elementar e a secundria, onde se capacitam crianas e jovens a ser cidados dessa democracia tica. Com professores valorizados e preparados, capazes de preparar seus alunos para questionar, escolher bem e viver segundo regras ticas. Uma escola que no finja ser uma espcie de pseudofamlia ou um lugar insosso, como se estudar fosse a beirada fria e desinteressante do mingau da formao de cidados prestantes.
Por todo lado, estruturas abaladas e dolos de barro rachados, confuso e covarde busca do interesse prprio: qualquer recurso vale para salvar a pele. Mas tambm estamos despertando do torpor e da iluso que infantilizam. Ainda acredito que a gente pode usar essa tremenda crise para mudar: nossas dores de agora podem ser dores de crescimento, no de naufrgio, para podermos participar, escolher, fiscalizar e assumir de uma vez o nosso papel em relao ao nosso pas.
Esta a hora. LUFT, Lya. Revista Veja, 13 de julho de , p. II tica, do grego ethos, costume, um conjunto de bons costumes isto , decncia.
Lngua portuguesa 25 III IV Ningum mais pode dizer Eu no sabia nem se fingir de inocente. Os termos grifados so acentuados pela mesma razo em: a I e II. Assinale a opo que, no texto, apresenta a palavra ou expresso em destaque em sentido figurado. Assinale o item em que todas as palavras so acentuadas pela mesma regra de: tambm, incrvel e carter. Assinale a alternativa em que pelo menos um vocbulo no seja acentuado: a lapis, orfo, taxi, balaustre b itens, parabens, alguem, tambem c tactil, amago, cortex, roi d papeis, onix, bau, ambar e hifen, cipos, medico, pe 5.
Assinale a opo em que as palavras, quanto acentuao grfica, estejam agrupadas pelo mesmo motivo gramatical. A forma verbal h leva acento ortogrfico porque: a um monosslabo tono; b forma verbal; c palavra sem valor semntico; d monosslabo tnico terminado em a; e a vogal a tem timbre aberto.
A palavra pases leva acento porque: a proparoxtona; b paroxtona com hiato; c o i tnico como a segunda vogal do hiato; d apresenta ditongo aberto; e paroxtona terminada em s.
Em todas as alternativas as palavras foram acentuadas corretamente, exceto em: a Eles tm muita coisa a dizer. Assinale a opo cuja palavra no deve ser acentuada: a Todo ensino deveria ser gratuito. Num dos itens abaixo, a acentuao grfica no est devidamente justificada.
Assinale este item: a crculo: vocbulo paroxtono b alm: vocbulo oxtono terminado em em c carter: vocbulo paroxtono terminado em -r d dcil: vocbulo paroxtono terminado em -l. Lngua portuguesa 26 3. O trema foi abolido. Exemplos: Como era: agentar, argir, bilnge, seqestro, tranqilo. Como fica: aguentar, arguir, bilngue, sequestro, tranquilo.
Exemplos: Mller, mlleriano. Palavras que terminam em ia, ias, ia, ias, io, io NO so mais acentuadas. Por exemplo: Como era: jia, jias, idia, idias, jibia, platia, apia, apio, estria. Como fica: joia, joias, ideia, ideias, jiboia, plateia, apoia, apoio, estreia. Palavras que tm o grupo i ou i no meio no so mais acentuadas. Por exemplo: Como era: herico, paranico, debilide, asteride, protico. Como fica: heroico, paranoico, debiloide, asteroide, proteico. Mas o acento continua quando se trata de palavras oxtonas ou monosslabos tnicos: heri, di, sis etc.
As palavras feira, baica e bocaiva perderam o acento. Agora se escrevem: feiura, baiuca, bocaiuva. Por isso, palavras como sade, alade etc continuam com acento. Palavras que terminam em em ou o s no so mais acentuadas. Por exemplo: Como era: abeno, dem verbo dar , crem verbo crer , lem verbo ler , vem verbo ver , vo, vos, zo. Como fica: abenoo, deem, creem, leem, veem, voo, voos, zoo. Caiu o acento das seguintes palavras: plo, plos, plo, plos, pra, pra.
Agora devemos escrever: pelo, pelos, polo, polos, pera, para. O acento circunflexo na palavra frma opcional, isto , pode ou no ser usado. Veja como ele til nesta frase: No sei qual a forma da frma do bolo.
Caiu o acento agudo no u de trs formas dos verbos arguir e redarguir. Como era: tu argis, ele argi, eles argem, tu redargis, ele redargi, eles redargem.
Como fica: tu arguis, ele argui, eles arguem, tu redarguis, ele redargui, eles redarguem. Uso do hfen nas palavras com prefixos anti, super, inter, semi, ultra etc. Sempre se usa o hfen diante de palavra comeada por H. Usa-se o hfen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se. Ex: microondas, anti-inflacionrio, subbibliotecrio. No se usa o hfen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra. Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra comear por R ou S, dobram-se essas letras.
O prefixo co junta-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por O. Sempre se usa o hfen com os prefixos ex, sem, alm, aqum, recm, ps, pr, pr, vice. Com o prefixo sub, usa-se o hfen tambm diante de palavra comeada por R. Com os prefixos pre e re no se usa o hfen, mesmo diante de palavras comeadas por E. Exemplo: preexistente, preelaborar, reescrever, reedio etc. No se usa o hfen em certas palavras que perderam a noo de composio, como girassol, madressilva, mandachuva, pontap, paraquedas, paraquedista etc.
Em cada sequncia abaixo, apenas uma palavra no deve receber acento grfico. Sublinhe-a e explique por que ela no deve ser acentuada:. De acordo com a nova ortografia, assinale a alternativa correta: a Todos os acentos diferenciais foram abolidos, sem exceo. Acentue quando necessrio: a Ele cre em tudo quanto le. Assinale a alternativa corretamente acentuada. Assinale a forma incorreta quanto acentuao: a Eles leem o jornal todos os dias.
Quando se trata de separar termos de uma mesma orao, deve-se usar a vrgula nos seguintes casos:. Para isolar adjuntos adverbiais deslocados.
Para isolar os objetos pleonsticos. A regra atual para acentuao no portugus do Brasil manda acentuar todos os ditongos abertos u, i, i como assemblia, cu ou di. Pelo novo acordo, palavras desse tipo passam a ser escritas:. Para isolar o aposto explicativo. Para separar elementos coordenados. As crianas, os pais, os professores e os diretores iro ao Campeonato Juvenil. Pela nova regra, apenas uma dessas palavras pode ser assinalada com acento circunflexo. Qual delas? Voc peca muito mais pelo excesso do que pela falta.
Vamos s regras? Para indicar a elipse do verbo. Para isolar conjuno coordenativa intercalada. Para isolar as expresses explicativas: isto , a saber, melhor dizendo, quer dizer, ou seja, ou melhor Perodo composto por coordenao: as oraes coordenadas devem sempre ser separadas por vrgula.
Nota: as oraes coordenadas aditivas iniciadas pela conjuno e s tero vrgula, quando os sujeitos forem diferentes e quando o e aparecer repetido. Ele gritava, e pulava, e gesticulava como um louco. Otto von Bismarck 6. No tenha pressa mas no perca tempo.
Jos Saramago 7. Se a montanha no vem a Maom Maom vai montanha. Maom 8. Assim se lhe parece. Luigi Pirandello 9. Para morrer com estilo viver em Barroco. Umberto Eco Eras muito eras todos e nunca eras ningum. Fernando Pessoa. Perodo composto por subordinao: Oraes subordinadas substantivas: no se separam por vrgula. O experimento nunca erra somente erram vossos juzos.
Leonardo da Vinci Penso logo existo. Ren Descartes So Paulo d caf Minas d leite e a. Oraes subordinadas adjetivas: s a explicativa separada por vrgula. Oraes subordinadas adverbiais: sempre se separam por vrgula. Vila Isabel d samba. Noel Rosa Em se plantando tudo d. Pero Vaz de Caminha. Ou afundar ou nadar. Shakespeare Vim vi e venci! Jlio Csar Eu no sou ministro eu estou ministro. Eduardo Matos Portela. Enquanto se ameaa descansa o ameaado.
Miguel de Cervantes. Lngua portuguesa 30 combinar de forma aleatria. Agora estudaremos a sintaxe, o estudo das relaes que as palavras estabelecem entre si nas oraes e das relaes que se estabelecem entre as oraes nos perodos. Estudando um pouco de sintaxe voc ter mais facilidade de construir corretamente as frases. O verbo faltaram concordou com o substantivo professores que no o ncleo do sujeito. A concordncia pode ser feita de trs formas:.
Lgica ou gramatical a mais comum no portugus e consiste em adequar o determinante acompanhante forma gramatical do determinado acompanhado a que se refere. Regra geral: o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam com o substantivo a que se referem em gnero e nmero.
Exemplo 1: A maioria dos professores faltou. Concordncias especiais Exemplo 2: Escolheram a hora adequada. Atrativa determinante:. O adjetivo adequado est concordando com o substantivo mais prximo local. Ocorrem quando algumas palavras variam sua classe gramatical, ora se comportando como um adjetivo varivel ora como um advrbio invarivel.
Mais de um vocbulo determinado: pode ser feita a concordncia gramatical ou a atrativa. Exemplo 1: Comprei um sapato e um vestido pretos. Lngua portuguesa 31 determinado por mais de um adjetivo: os adjetivos concordam com o substantivo.
Exemplo: Seus lbios eram doces e macios. Bastante bastantes: adjetivo, ser varivel e, advrbio, ser invarivel. Exemplo 1: H bastantes motivos para sua ausncia. Anexo, incluso, obrigado, mesmo, prprio: so adjetivos que devem concordar com o substantivo a que se referem. Muito, pouco, caro, barato, longe, meio, srio, alto: so palavras que variam seu comportamento funcionando ora como advrbios sendo assim invariveis ora como adjetivos variveis.
Exemplos: Poucas pessoas acreditavam nele. Os sapatos custam caro. A gua barata. Eles so homens srios. Muitos homens morreram na guerra. Ele no usa meias palavras. Exemplos: A fotografia vai anexa ao curriculum Os documentos iro anexos ao relatrio.
Exemplos: proibido entrada de estranhos. Outros exemplos: Ele prprio far o pedido ao diretor. Envio-lhes, inclusas, as certides. A professora disse: muito obrigada. Ele mesmo far o trabalho. Ser, portanto, invarivel. Exemplo: Maria viajar mesmo para os EUA. Exemplos: Havia menos professores na reunio.
O aluno ficou alerta. Era um pseudomdico. S, ss: quando adjetivos sero variveis, quando advrbios sero invariveis. Exemplos: A criana ficou s.
Lngua portuguesa 32 A locuo adverbial a ss invarivel. Exemplo: Preciso falar a ss com ele. Concordncia dos particpios: os particpios concordaro com o substantivo a que se referem.
Exemplos: Os livros foram comprados a prazo. As mercadorias foram compradas a prazo. Se o particpio pertencer a um tempo composto ser invarivel. Exemplos: O juiz tinha iniciado o jogo de vlei. A juza tinha iniciado o jogo de vlei. Exemplos: O menino, ou os meninos mataram as galinhas. Os meninos, ou o menino matou as galinhas. Exemplos: O menino trabalha na fbrica. Exemplo: Saia da que uma fasca ou um estilhao podero atingi-lo em cheio. Exemplo: O pai e o filho levantavam cedo.
Exemplo: Levantavam ou levantava cedo o pai e o filho. A 1 pessoa prevalece sobre a 2 e a 3; a 2 pessoa prevalece sobre a 3. O verbo concorda no plural se houver participao de todos os sujeitos no processo verbal. Exemplo: Pobres, ricos, sbios, ignorantes, ningum est satisfeito.
Exemplo: O rebanho comeu toda a rao. Neste caso, comumente os ncleos vm isolados por uma vrgula e so de nmeros diferentes. Exemplos: A maioria dos alunos foi excurso.
Exemplo: Campinas fica perto de Jundia. Sujeito representado pronome relativo:. The studies contained in this book show a vast array of new phenomena in these young varieties, offering empirical and theoretical windows to language variation and change. Download Delta books ,.
Affixes a fundamental constituent of the studies of morphology, which , by definition , relates to the shape and significance , therefore , studies the affixes both from a formal point of view and from a semantic point of view. However , the formal characteristics of derivative affixes , for example , restrictions on attachment and the formal characteristics of the bases on which are attached , have occupied much of the interest of morphologists.
In this sense , the work presented in this volume focus on the semantics of affixes and " rivalry " between They observed due to the semantic overlap. Nota preambular de Clarinda de Azevedo Maia. The range of themes includes various areas of diachronous and synchronous Romance linguistics. Particular thought has been given to Romanian und several small Romance languages.
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